A origem dos emojis e como eles são escolhidos

A origem dos emojis e como eles são escolhidos

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Os emojis, hoje onipresentes nas conversas digitais, nasceram da combinação entre a necessidade de comunicação rápida e o desejo de enriquecer textos com emoções e contexto visual. A origem dos emojis e como eles são escolhidos remonta ao Japão no final da década de 1990, quando empresas de telecomunicações e designers criaram conjuntos de pequenas figuras para indicar humor, clima, atividades e objetos de forma sintética. Esses primeiros pictogramas foram projetados para funcionar em telas pequenas e conexões limitadas, oferecendo uma linguagem visual compacta que facilitava o diálogo em mensagens curtas e serviços mobile emergentes.

Ao longo das décadas seguintes, os emojis passaram por um processo de padronização e internacionalização que transformou símbolos locais em um vocabulário global. A inclusão no padrão Unicode permitiu que plataformas diversas — sistemas operacionais, redes sociais e apps de mensagem — compartilhassem códigos comuns, embora cada fabricante mantenha seu próprio estilo visual. Essa evolução reflete também debates sobre representatividade e decisões institucionais sobre quais símbolos devem estar disponíveis para milhões de usuários diariamente.

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Como funcionam os emojis: padrão Unicode e o papel do Consórcio Unicode

Os emojis funcionam graças à padronização de códigos e à representação gráfica. No núcleo técnico está o padrão Unicode, que atribui números únicos (code points) a caracteres usados em textos computacionais. Quando um emoji é codificado no Unicode, recebe um code point ou sequência que o identifica semanticamente, independentemente do desenho. Assim, qualquer dispositivo que implemente o Unicode pode exibir o emoji com um glifo no seu próprio estilo.

O Consórcio Unicode (Unicode Consortium) é a organização responsável por manter o padrão e decidir sobre a inclusão de novos caracteres, incluindo emojis. Trata-se de uma entidade sem fins lucrativos composta por empresas de tecnologia, pesquisadores e especialistas. Novos emojis passam por submissão e revisão na Emoji Subcommittee, que avalia justificativas de uso, demanda, distinção visual e compatibilidade, entre outros critérios.

Existem mecanismos que permitem formar e variar emojis sem aumentar indefinidamente o número de code points. O Zero Width Joiner (ZWJ, U200D) combina caracteres em sequências visuais (por exemplo, profissões com roupas, gênero e tom de pele). Variation Selectors (como UFE0F) indicam preferência de apresentação (texto ou emoji). Modificadores de tom de pele (Fitzpatrick modifiers, U1F3FB–U1F3FF) aplicam-se a bases humanas e são essenciais para representatividade. Esses recursos dão flexibilidade ao padrão, permitindo diversidade e retrocompatibilidade.

A exibição dos emojis depende do design de cada plataforma. O Consórcio define nome, categoria e sequência de code points, mas não a aparência exata. Apple, Google, Microsoft, Samsung e outros desenham seus próprios glyphs, o que explica variações de estilo e, às vezes, diferenças sutis de significado entre sistemas.

Vantagens dos emojis em aplicativos e tecnologia: comunicação, representatividade e design

Os emojis complementam o texto com sinais paralinguísticos visuais que clarificam intenção e emoção, reduzindo mal-entendidos em mensagens curtas. Em interfaces de usuário (UI), servem como ícones intuitivos que aceleram a compreensão de opções, menus e notificações. Para desenvolvedores, emojis aumentam engajamento e tornam interações mais humanas, especialmente em redes sociais e chats.

A representatividade é um vetor central de evolução dos emojis: inclusão de tons de pele, gêneros variados, arranjos familiares diversos e profissões representadas de forma ampla ajuda usuários a se verem refletidos. Isso reforça inclusão, dá visibilidade a grupos sub-representados e permite que mensagens expressem identidades diretamente.

No design e na experiência do usuário, emojis são elementos multimodais que combinam linguagem visual e semântica textual, enriquecendo microcopy, CTAs e branding. Além disso, são leves para carregamento e escaláveis em diferentes resoluções, beneficiando otimização técnica. Em contextos multilíngues, símbolos visuais reduzem fricções de comunicação global, e o ecossistema emoji alimenta economia criativa — campanhas, merchandising e expressões culturais que geram valor nas plataformas digitais.

Como são propostas e escolhidas novas figuras: critérios e processo de aprovação

Propor e escolher novos emojis envolve etapas formais com participação de indivíduos e organizações. Qualquer pessoa ou comunidade pode conceber a ideia; é preciso convertê-la em proposta técnica com justificativas, provas de uso e especificações. A submissão é analisada pela Emoji Subcommittee, que verifica compatibilidade com o padrão, probabilidade de uso, distinção visual em tamanhos reduzidos e sensibilidade cultural ou legal.

Critérios usados pelo Consórcio incluem:

  • Compatibilidade: evitar redundância com representações existentes.
  • Múltiplas utilizações: versatilidade em contextos variados.
  • Distinção visual: legibilidade em pequenas dimensões.
  • Equilíbrio de categorias: evitar excesso em uma mesma subcategoria.
  • Valor cultural/social: contribuição para diversidade e inclusão. Propostas bem documentadas com dados e exemplos têm maior chance de aprovação.

Após recomendação, a decisão final é formalizada pelo Consórcio. O emoji recebe um code point ou sequência e entra em planos de implementação. Fabricantes então criam os glyphs, testam legibilidade e liberam atualizações, o que pode levar meses. Mesmo depois da codificação, uso e interpretação podem evoluir conforme a adoção e o design visual escolhido por cada plataforma.

Tabela resumo: critérios e etapas essenciais na escolha de novos emojis

Etapa/Critério O que significa Impacto na decisão
Ideia e justificativa Motivo cultural, social ou prático Determina relevância inicial
Evidência de uso Dados de busca, redes sociais e uso real Mostra demanda potencial
Compatibilidade Se já existe representação semelhante Evita redundância
Distinção visual Legibilidade em pequenas dimensões Garante usabilidade em interfaces
Múltiplas utilizações Versatilidade em diferentes contextos Melhora adoção ampla
Sensibilidade cultural Avaliação de riscos e controvérsias Previne ofensas e conflitos
Envio ao Consórcio Proposta formal submetida Inicia avaliação oficial
Revisão técnica Avaliação por subcomitês e especialistas Refinamento e pedidos de ajuste
Aprovação e codificação Adoção no padrão Unicode Habilita implementação nas plataformas
Implementação pelos fabricantes Design e lançamento em SO e apps Torna o emoji visível ao público

Passos detalhados para propor um novo emoji

  • Ideação e pesquisa inicial: identificar a necessidade e coletar evidências (tendências, hashtags, uso de termos).
  • Redação da proposta técnica: justificar, escolher categoria, sugerir nomes e fornecer imagens de demonstração.
  • Submissão ao Consórcio Unicode: entrada no fluxo de avaliação do Emoji Subcommittee.
  • Revisão e solicitações de ajuste: interlocução técnica para melhorar clareza e dados.
  • Votação e codificação: decisão formal e atribuição de code point/sequência.
  • Implementação pelos fabricantes: design dos glifos, testes e lançamento em plataformas e aplicativos.

Após a implementação, é recomendado monitorar adoção, padrões de uso em diferentes regiões e feedback de comunidades. Às vezes surgem variantes (tons de pele, gênero) para ampliar representatividade. O processo é formal, iterativo e influenciado por critérios técnicos e dinâmicas sociais.

Conclusão

A origem dos emojis e como eles são escolhidos combina história tecnológica, decisões técnicas do Unicode e escolhas culturais e de design. Desde os pictogramas japoneses dos anos 1990 até o atual catálogo global, o ciclo que vai da proposta à implementação envolve pesquisa, justificativa técnica e colaboração entre comunidades e empresas. Entender esse percurso ajuda a valorizar escolhas de inclusão e a compreender o impacto dessas pequenas imagens no nosso dia a dia digital.

Continue acompanhando as novidades e experimente usar emojis de forma consciente para enriquecer conversas — a diversidade de símbolos reflete culturas e experiências, e conhecer seu processo de escolha amplia nossa compreensão sobre comunicação digital.

Perguntas frequentes

De onde vieram os primeiros emojis?

Os primeiros emojis surgiram no Japão no fim dos anos 1990. Eles foram criados para facilitar a comunicação em celulares, adicionando expressividade em mensagens curtas. O conjunto inicial tinha apenas 176 pictogramas simples em preto e branco. Com o tempo, a ideia se popularizou globalmente e foi padronizada pelo Unicode Consortium, permitindo que os mesmos códigos fossem reconhecidos em diferentes dispositivos e plataformas.

Quem decide quais emojis entram no teclado?

A inclusão de novos emojis é decidida pelo Unicode Consortium. Indivíduos, comunidades e empresas podem enviar propostas formais, que passam por avaliação de subcomitês especializados. Esses grupos analisam critérios como relevância cultural, frequência esperada de uso e clareza visual antes de aprovar a inclusão no padrão Unicode.

Com que frequência surgem novos emojis?

Em geral, novos emojis são aprovados em ciclos anuais. A quantidade depende da qualidade das propostas enviadas e do limite de inclusão estabelecido pelo Unicode. Após a aprovação, leva alguns meses até que as fabricantes e desenvolvedores atualizem seus sistemas para disponibilizá-los aos usuários.

Como você pode sugerir um novo emoji?

Qualquer pessoa pode sugerir um novo emoji enviando uma proposta formal ao Unicode Consortium. Essa proposta deve conter justificativa detalhada, exemplos de uso, dados que comprovem a relevância e imagens demonstrativas. A Emoji Subcommittee avalia cada proposta com base em critérios técnicos e culturais antes de decidir se ela será incluída no próximo pacote.

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